Após 7 meses de reforma, Gabirú volta a navegar e a participar de regatas

No dia 09 de fevereiro de 2025, após 7 meses de reforma, o “famoso” veleiro clássico Gabiru (BRA 654), comandado por Maximilian Immo Orm Gorissen e tripulado por seu filho Maximilian Macarini Gorissen, participou da tradicional Regata de Abertura 2025 promovida pelo São Paulo Yacht Club (SPYC) na Represa de Guarapiranga – SP, finalizando a competição em segundo lugar na classe.

O Gabiru, um veleiro da Classe Sharpie 12m², construído em 1956 pelo famoso Estaleiro Flório Zotarelli, é baseado no projeto vencedor do concurso promovido em 1930 pela “Associação Alemã de Vela” (DSV – Deutscher Seglerverband – entre 34 designs participantes), que, em 1932, após um ano do seu lançamento na Alemanha, teve formada sua primeira flotilha da classe no Brasil, com vários veleiros fabricados por um grupo de iatistas do Iate Clube Brasileiro-RJ.

Gabiru, tripulado por Max Gorissen pai e filho (proa), participando da Regata de Abertura 2025 promovido pelo SPYC na Represa de Guarapiranga – SP – Créditos e Copyright das imagens: Will Carrara.

Sendo um veleiro muito rápido e estável para a época, para dois tripulantes, com uma inconfundível vela quadrangular e casco formado por uma área plana ao longo da quilha – uma inovação que os veleiros só vieram a implementar décadas depois, o Sharpie rapidamente se espalhou pelo Brasil.

O Gabiru, mandado construir por um velejador do SPYC no ano de 1955 para participar das Olimpíadas de Melbourne de 1956, único ano em que a classe Sharpie 12 m² foi olímpica (na olimpíada seguinte foi substituído pelo Flying Dutchman), infelizmente, acabou não participando por não dar tempo do veleiro ficar pronto para ser enviado à Australia (O Brasil foi representado pela dupla de gaúchos Alfredo Bercht e Rolf Bercht no veleiro Inca – BL 6, ficando com a 10º colocação em 13 veleiros que competiram).

Ativo desde 1956, o Gabiru foi várias vezes Campeão Estadual (São Paulo e Rio de Janeiro) e 5 vezes Campeão Brasileiro (1978, 1979, 1980, 2014 e 2015) da Classe Sharpie 12 m², entre outros campeonatos brasileiros.

O Gabiru é ainda um dos poucos Sharpie 12 m² sobreviventes e, tirando um lapso de 8 anos em que ficou “abandonado” em uma marina em Niterói-RJ devido a morte de seu proprietário anterior, depois da reforma realizada pessoalmente por seu atual proprietário, voltou na Regata de Abertura 2025 a participar de regatas de clássicos pelo Brasil.

Siga a história, passada, presente e futura, deste veleiro na sua página oficial: Gabiru.


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